sábado, 30 de novembro de 2013

1º DOMINGO DO ADVENTO ANO A 2013

1º DOMINGO DO ADVENTO ANO A 2013

Tema: “Na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá!” O cristão caminha, sempre atento, preparado para acolher o Senhor que vem.

Primeira leitura: Todos são convidados a dirigirem-se à montanha onde reside o Senhor… É do encontro com a sua Palavra que resultará um mundo de harmonia, de paz sem fim.
Evangelho: apela à vigilância. O crente ideal vive atento e vigilante, acolhendo o Senhor que vem, respondendo aos seus desafios, cumprindo o seu papel  na construção do “Reino”.
Segunda leitura: recomenda aos crentes que despertem da letargia que os mantém presos ao mundo das trevas (o mundo do egoísmo, da injustiça, da mentira, do pecado), que se vistam da luz (a vida de Deus, que Cristo ofereceu a todos) e que caminhem, com alegria e esperança, ao encontro de Jesus, ao encontro da salvação.

5. PRIMEIRA LEITURA (Is 2,1-5) Leitura do Livro do Profeta Isaías.
Visão de Isaías, filho de Amós, sobre Judá e Jerusalém. Acontecerá, nos últimos tempos, que o monte da casa do
Senhor estará firmemente estabelecido no ponto mais alto das montanhas e dominará as colinas. A ele acorrerão todas as nações, para lá irão numerosos povos e dirão: “Vamos subir ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que ele nos mostre seus caminhos e nos ensine a cumprir seus preceitos”; porque de Sião provém a lei e de Jerusalém, a palavra do Senhor. Ele há de julgar as nações e arguir numerosos povos; estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices: não pegarão em armas uns contra os outros e não mais travarão combate. Vinde, todos da casa de Jacó, e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor.

AMBIENTE - Na fantasia do poeta, ele vê, num futuro sem data definida, uma multidão de povos de todas as raças e nações que, atraídas por Jahwéh, se dirigem ao encontro da salvação de Deus. Estamos diante de um dos oráculos mais bonitos de todo o Antigo Testamento.

MENSAGEM - O nosso oráculo é o poema da paz universal e da convergência de todos os povos à volta de Deus. Na visão do profeta, o “monte do Senhor” transforma se no centro do mundo, por ser a morada de Jahwéh. Todos os povos avançam ao encontro do Senhor: eles vêm atraídos pela força da Palavra de Deus; querem ser instruídos nos caminhos de Jahwéh. Primeiro, eles aceitam a arbitragem justa e pacífica de Deus; depois, compreendem que não são necessárias armas: as máquinas de guerra transformam-se em instrumentos pacíficos de trabalho e de vida. Do encontro com Deus e com a sua Palavra, resulta a harmonia, o progresso, o entendimento entre os povos, a vida em abundância, a paz universal. Este quadro é o reverso de Babel… Na história da torre de Babel o orgulho e a auto-suficiência conduziu à divisão, ao conflito, à confusão. Agora, os homens escolheram escutar Deus; o resultado é a reunião de todos os povos, o entendimento, a harmonia, o progresso, a paz universal. Quando se realizará esta profecia?

ATUALIZAÇÃO
O sonho do profeta começa a realizar-se em Jesus. Ele é a Palavra viva de Deus, que Se fez carne e que veio habitar no meio de nós, a fim de trazer a “paz aos homens” amados por Deus; da escuta dessa Palavra, nasce a comunidade universal da salvação, aberta a todos os povos da terra (cf. At 2,5- 11). Estamos começando o tempo de preparação para acolher Jesus (Advento) e a proposta de salvação que, através d’Ele, o Pai quer fazer aos homens.
Estamos muito longe dessa terra ideal de justiça e de paz, construída à volta de Deus e da sua Palavra. Que posso eu fazer para que o sonho de Isaías se concretize?


6. SALMO RESPONSORIAL 121 (122)
Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
• Que alegria, quando me disseram: / “Vamos à casa do Senhor!” /
E agora nossos pés já se detêm, / Jerusalém, em tuas portas.
• Para lá sobem as tribos de Israel, / as tribos do Senhor.
/ Para louvar, segundo a lei de Israel, / o nome do Senhor. /
A sede da justiça lá está / e o trono de Davi.
• Rogai que viva em paz Jerusalém, / e em segurança os que te amam! /
 Que a paz habite dentro de teus muros, / tranquilidade em teus palácios!
• Por amor a meus irmãos e meus amigos, / peço: “A paz esteja em ti!” /
 Pelo amor que tenho à casa do Senhor, / eu te desejo todo bem!

9. EVANGELHO (Mt 24,37-44)S. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: “A vinda do Filho do Homem será como nos tempos de Noé. Pois nos
dias antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. E eles nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada. Portanto, ficai atentos! Porque não sabeis em que dia virá o Senhor. Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”.

AMBIENTE - Os capítulos 24 e 25 do Evangelho de Mateus apresentam o último grande discurso de Jesus antes da sua paixão e morte. No discurso transmitido por Marcos a questão principal é a dos sinais que precederão a destruição de Jerusalém e do Templo. No discurso reelaborado por Mateus a questão central é a da vinda do Filho do homem e das atitudes com que os discípulos devem preparar esta vinda. Esta mudança de perspectiva pode explicar-se a partir da situação em que vivia a comunidade de Mateus e com as suas necessidades. Estamos na década de 80. Passaram dez anos a destruição de Jerusalém e ainda não aconteceu a segunda vinda de Jesus. Os crentes estão desanimados e desiludidos… O evangelista contempla com preocupação os sinais de abandono, de desleixo, de esfriamento que começam a aparecer na comunidade e sente que é preciso renovar a esperança e levar os crentes a comprometer-se na história, construindo o “Reino”. Nesta situação, Mateus descobre que as palavras de Jesus encerram um profundo ensinamento e compõe com elas uma exortação dirigida aos cristãos. Esta exortação fundamenta-se numa convicção: a vinda do “Filho do homem” é um fato certo, ainda que não aconteça em breve; enquanto não chega o momento, é preciso preparar este grande acontecimento, vivendo de acordo com os ensinamentos de Jesus. A linguagem destes capítulos é estranha e enigmática… Trata-se, no entanto, de um gênero usado com alguma frequência por alguns grupos judeus e cristãos da época de Jesus. É a linguagem “apocalíptica”, porque o seu objetivo é “revelar algo escondido” (“apocaliptô). Em muitas ocasiões, esta revelação é dirigida a comunidades que vivem numa situação de sofrimento, de perseguição; o objetivo é animá-las, dar-lhes esperança, mostrar-lhes que a vitória final será de Deus e dos que lhe forem fiéis.

MENSAGEM - Para Mateus, a vinda do Senhor é certa, embora ninguém saiba o dia nem a hora; resta estar vigilantes, preparados e ativos… Mateus usa três quadros:
O primeiro é o quadro da humanidade na época de Noé: os homens viviam preocupados apenas em gozar a sua “vidinha” descomprometida; quando o dilúvio chegou, apanhou-os de surpresa.
O segundo coloca-nos diante de duas situações da vida quotidiana: o trabalho agrícola e a moagem do trigo… Os compromissos e trabalhos necessários à subsistência do homem também não podem ocupá-lo de tal forma que o levem a negligenciar o essencial: a preparação da vinda do Senhor.
O terceiro coloca-nos frente ao exemplo do dono de uma casa que adormece e deixa que a sua casa seja saqueada pelo ladrão… Os crentes não podem, nunca, deixar-se adormecer, pois o seu adormecimento pode levá-los a perder a oportunidade de encontrar o Senhor que vem. A questão fundamental é: o crente ideal é aquele que está sempre vigilante, atento, preparado, para acolher o Senhor que vem. Não perde oportunidades, porque não se deixa distrair com os bens deste mundo, não vive obcecado com eles e não faz deles a sua prioridade fundamental… Mas, dia a dia, cumpre o papel que Deus lhe confiou, com empenho e com sentido de responsabilidade.

ATUALIZAÇÃO
O que é que significa para nós “estar vigilantes”, “estar atentos”, para acolher o Senhor? Significa acolher todas as oportunidades de salvação que Deus nos oferece continuamente… Se Ele vem ao meu encontro, me desafia a cumprir uma determinada missão e eu prefiro continuar a viver a minha “vidinha” fácil e sem compromisso, estou a perder uma oportunidade de dar sentido à minha vida; se Ele vem ao meu encontro, me convida a partilhar algo com os meus irmãos mais pobres e eu escolho a avareza e o egoísmo, estou a perder uma oportunidade de abrir o meu coração ao amor, à alegria, à felicidade…
O Evangelho apresenta alguns dos motivos que impedem o homem de “acolher o Senhor que vem”… Fala da opção por “gozar a vida”, sem ter tempo para compromissos sérios (quanta gente, ao domingo, tem todo o tempo do mundo para dormir até ao meio dia, mas não para celebrar a fé com a sua comunidade cristã); fala do viver obcecado com o trabalho, esquecendo tudo o mais (quanta gente trabalha quinze horas por dia e esquece que tem uma família e que os filhos precisam de amor); fala do adormecer, não prestando atenção às realidades essenciais (quanta gente encolhe os ombros diante do sofrimento dos irmãos e diz que não tem nada com isso: é o governo ou o Papa que têm que resolver a situação)… E eu: o que é que na minha vida me distrai do essencial e me impede, tantas vezes, de estar atento ao Senhor que vem?
Neste tempo de preparação para a celebração do nascimento de Jesus, sou convidado a centrar a minha vida no essencial, a redescobrir aquilo que é importante, a acordar para os compromissos que assumi para com Deus e para com os irmãos, a empenhar-me na construção do “Reino”. É essa a melhor forma – ou melhor, a única forma – de preparar a vinda do Senhor.

7. SEGUNDA LEITURA (Rm 13,11-14a) Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos: Vós sabeis em que tempo estamos, pois já é hora de despertar. Com efeito, agora a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. A noite já vai adiantada, o dia vem chegando: despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da luz. Procedamos honestamente, como em pleno dia: nada de glutonerias e bebedeiras, nem de orgias sexuais e imoralidades, nem de brigas e rivalidades. Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo.

AMBIENTE - Estamos no ano 57 ou 58. O perigo da divisão ameaça a Igreja: de um lado estão as comunidades de origem judeu-cristã e de outro as comunidades pagano-cristãs; uns e outros têm algumas dificuldades de entendimento e há um perigo real de cisão. Paulo escreve, então, sublinhando a unidade da fé e chamando a atenção para a igualdade fundamental de todos no processo da salvação. A primeira parte da Carta aos Romanos (cf. Rom 1,18-11,36) é de caráter dogmático e procura mostrar que o Evangelho é a força que congrega e que salva todo o crente; a segunda parte (cf. Rom 12,1-15,13) é de caráter prático e exorta a todos a viver no amor. O texto que hoje nos é proposto pertence à segunda parte da carta. Depois de exortar os cristãos que pertencem à comunidade de Roma ao amor mútuo, Paulo pede-lhes que estejam vigilantes e preparados, a fim de acolher o Senhor que vem.

MENSAGEM – Referindo-se à “hora” que os cristãos estão a viver, Paulo pede-lhes que se levantem “do sono, porque a salvação está mais perto”. Ao dizer que a salvação está perto, o que é que Paulo está a sugerir? Paulo pensava, certamente, na vinda mais ou menos iminente de Jesus Cristo, a fim de concluir a história da salvação; no entanto, a ausência de especulações apocalípticas mostra claramente que o interesse de Paulo não é no “quando” e no “como”, mas no significado e nas consequências dessa vinda. O fato que aqui interessa é, portanto, que os cristãos estão a viver os “últimos tempos” (que começaram quando Jesus deixou o mundo e encarregou os discípulos de serem testemunhas da salvação diante dos homens) antes da vinda de Jesus… Quais as consequências disso? Antes de serem batizados, os cristãos viviam nas trevas e a sua vida estava pontuada pelo egoísmo (excessos de comida e de bebida, devassidões, libertinagens, discórdias e ciúmes); mas, com o batismo, eles nasceram para uma nova realidade… É para essa realidade de uma vida nova, liberta do egoísmo e do pecado, que eles devem acordar definitivamente, enquanto esperam o Senhor que vem: quando o Senhor chegar, deve encontrá-los despidos do velho mundo das trevas; e deve encontrá-los atentos e preparados, revestidos dessa vida nova que Cristo lhes ofereceu, vivendo na fé, no amor, no serviço. Fundamentalmente, há aqui um convite a que os crentes vivam este “tempo” como um tempo último e definitivo, que tem de ser um tempo de caminhada ao encontro de Jesus Cristo e ao encontro da salvação.

ATUALIZAÇÃO
A questão é a da conversão: os crentes são convidados a deixar a vida das trevas e embarcar na vida da luz… As “trevas” caracterizam essa realidade negativa que produz mentira, injustiça, opressão, medo, materialismo; a “luz” é a transformação das estruturas e dos corações…
Quase todos nós somos pessoas razoáveis e sérias e não andamos todos os dias em libertinagens e discórdias; mas, apesar da nossa bondade e seriedade, é possível que o cansaço, a monotonia, a preguiça nos adormeçam, que caiamos na indiferença, na inércia, na passividade, no comodismo; é possível que deixemos correr as coisas e que esqueçamos os compromissos que um dia assumimos com Jesus e com o “Reino”… É para nós que Paulo grita: “acordai!; renovai o vosso entusiasmo pelos valores do Evangelho; é preciso estar preparado para acolher o Senhor que vem”.
Há também, neste texto, um convite à esperança: “o Senhor vem! A noite vai adiantada e o dia está próximo”. Deus não nos abandona; Ele continua a vir ao nosso encontro e a construir conosco esse mundo novo de justiça e de paz… Por muito que nos assustem as trevas que envolvem o mundo, a presença de Deus garante-nos que a injustiça, a exploração, a morte não são o final inevitável: a última palavra que a história vai ouvir é a Palavra libertadora e salvadora de Deus.

Pe. Joaquim, Pe. Barbosa, Pe. Carvalho
"Vigiai!"

Nesse domingo, inicia mais um Ano Litúrgico, no qual relembramos e revivemos os Mistérios da História da Salvação.

NATAL e PÁSCOA centralizam as celebrações, que são vividas em três momentos: antes, durante e depois...

Nesse Ano A, o Evangelho de Mateus terá uma atenção especial.
Com o Advento, entramos no tempo que nos prepara para o Natal do Senhor

A palavra ADVENTO significa "Vinda", chegada: nos faz relembrar e reviver as primeiras etapas da História da Salvação, quando os homens se prepararam para a vinda do Salvador, a fim de que também nós possamos preparar hoje em nossa vida a vinda de Cristo por ocasião do Natal.

Nas duas primeiras semanas do Advento, vigilantes e alertas, esperamos a vinda definitiva e gloriosa do Cristo Salvador, e nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, preparamos mais especialmente o seu nascimento em Belém.

A Liturgia de hoje é um veemente apelo à VIGILÂNCIA, para acolher os Sinais de Deus.

Na 1a Leitura, ISAÍAS profetiza a vinda de um descendente de Davi, que trará justiça e paz para o seu povo. (Is 2,1-5) É um dos oráculos mais bonitos de todo do Antigo Testamento.


Encarna a espera do Antigo Testamento de um futuro maravilhoso: fala de uma era messiânica, na qual todos os povos acorrerão a Jerusalém para adorar o único Deus.
As armas se transformarão em instrumentos pacíficos de trabalho e de vida.

  * O sonho do profeta começa a realizar-se em Jesus, mas estamos ainda muito longe dessa terra de justiça e de paz...
- O que podemos fazer para que o sonho de Isaías se concretize?

Na 2a Leitura, Paulo nos convida a "acordar" para descobrir os sinais do novo dia que já raiou e caminhar ao encontro da Salvação, deixando as obras das trevas e vestindo as armas da LUZ. (Rm 13,11-14)

O Evangelho é um apelo a uma VIGILÂNCIA permanente, para reconhecer o Senhor na sua chegada.
Para transmitir essa mensagem, Jesus usa três quadros:

- O 1º Quadro é da humanidade na época de Noé: Os homens viviam, então, numa alegre inconsciência,   preocupados apenas em gozar a sua "vidinha" descomprometida.
  Quando o dilúvio chegou, os apanhou de surpresa e despreparados.
- O 2º Quadro fala dos trabalhos da vida cotidiana:   podem nos levar a negligenciar a preparação da Vinda do Senhor.
- O 3º Quadro coloca o exemplo do dono de uma casa, que adormece e deixa a sua casa ser roubada pelo ladrão.

+ O que significa "estar vigilante"?
- Será apenas estar sem pecado... para não ir para o inferno?
- Ou acolher as oportunidades de salvação, que Deus nos oferece?

Jesus continua vindo, para nos salvar e nos trazer a felicidade. E nós temos que estar sempre atentos para perceber cada vinda sua. Ele está presente nas palavras de quem nos orienta para o bem,  nos gestos de amor dos irmãos, no esforço de quem se sacrifica
para construir um mundo mais justo e fraterno.

Hoje, devido ao medo provocado pelo desemprego, fome e violência, assistimos ao fenômeno da busca de refúgio no sagrado. Mas o excesso de alegria de certas práticas religiosas sem compromisso pode nos tirar a possibilidade de perceber a chegada do Senhor.

- As celebrações festivas nos fazem mais vigilantes, mais acordados para a realidade que temos a obrigação de transformar ou funcionam como sonífero, que nos impedem de ver a chegada daquele que vem sem aviso prévio?
               
+ Motivos que impedem a acolhida do Senhor que vem:
- Prazeres da vida: a pessoa mergulhada nos prazeres fica alienada...
  No domingo, dorme... passeia... pratica esportes... mas não sobra tempo para celebrar a sua fé na Comunidade...
- Trabalho excessivo: a pessoa obcecada pelo trabalho esquece o resto: Deus, a família, os amigos, a própria saúde...
- Desatenção: o Distraído não vê o Cristo, presente na pessoa sofredora... 
  Acha que não é problema seu... é do governo... da Igreja...

+ Em minha vida, o que mais me distrai do essencial e me impede tantas vezes de estar atento ao Senhor que vem?

+ Como desejo me preparar para o Natal desse ano?
   - Apenas programando festas, presentes, enfeites, músicas?
   - Ou numa atitude humilde e vigilante, a esse Cristo que vem?  
   - Participo da Novena do Natal em Família?
   - Que PAZ desejo construir?
                                                    Pe. Antônio G.

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Homilia do Padre Françoá Costa – I Domingo do Advento (Ano A)

Noé do século XXI

Não faz muito tempo, um amigo enviou-me uns conselhos interessantíssimos para recristianizar a sociedade. São verdadeiramente divertidos! Vamos aproveitá-los no dia de hoje de uma maneira bastante prática. Por outro lado, falando em recristianizar o nosso mundo, o nosso Brasil, vêm à mente as alegrias e as dificuldades que essa missão leva consigo.
Escutamos a comparação entre os tempos de Noé e os tempos da segunda vinda de Cristo: assim como, nos tempos de Noé, as pessoas, além de viver bem ordinariamente, estavam bastante distraídas, “assim será também na volta do Filho do homem” (Mt 24,39). Assim como os seres humanos que precederam o dilúvio universal, “comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento” (Mt 24,38), assim também estará a humanidade que precederá o juízo universal. Além da exortação que o Senhor faz para que estejamos vigilantes porque ele pode voltar a qualquer momento, não surpreende o fato de que nós frequentemente vivemos distraídos para essas coisas de dilúvios e de juízos. É normal, pois nos parece de grande proveito comer, beber e divertir-nos. E é verdade! Mas é preciso que unamos essas coisas ordinárias com as realidades sobrenaturais fazendo com que sejam uma só coisa na nossa vida: “quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Cor 10,31).
O critério está bem claro: se fizermos todas as coisas ordinárias tendo presente a glória de Deus não seremos surpreendidos no dia do juízo, estaremos sempre preparados para esse acontecimento. Mas, como ter sempre presente a glória de Deus? Como não andar frequentemente distraídos?
É nesse contexto que eu acho que se encaixa como uma luva à mão os conselhos do meu amigo para recristianizar a sociedade. São também bastante práticos para que tenhamos sempre presente a glória de Deus e não andarmos tão distraídos. Dos vinte e cinco conselhos formulados pelo meu amigo, vou mencionar somente alguns:
  1. Reze antes das refeições, também ao comer em restaurantes ou em qualquer outro lugar. Ser cristão não é ter AIDS!
  2. Escreva aquilo que você sabe, mas com sentido cristão. Não se preocupe! Aqueles que escrevem sem sentido cristão tampouco são escritores.
  3. Se for comer num restaurante numa sexta-feira, pregunte ao garçom pelos menus de abstinência. Caso ele fique um pouco admirado, é simples, explique o porquê.
  4. Se você é religioso, lembre-se que o hábito é um grande testemunho e é fera demais! Retire a poeira dele e use-o desde a manhã até a noite. Não se preocupe: os jovens também chamam a atenção com as roupas que eles utilizam.
  5. Não tenha vergonha de apresentar aos amigos os seus oito filhos.
  6. Se você é sacerdote passe cinco horas diárias no confessionário. Se não é, passe cinco minutos semanais pelo confessionário.
  7. Seja pós-moderno e atreva-se a elogiar diante dos seus amigos a santa pureza, a mortificação corporal, a virgindade e a obediência ao Papa; não se preocupe: aqueles que têm complexos irão ao psiquiatra.
  8. No tempo de calor, não se comporte como índio antes da colonização. Um pouco de decência, né!?
  9. Pela rua, vá de mãos dadas com a sua namorada; e se ela tiver frio, é só dar-lhe de presente um cachecol.
  10. Com idêntica soltura com que você cita a Maomé, Gandhi o Martin Luther King, faça o mesmo com a Epístola aos Filipenses, o Evangelho segundo São Mateus ou São Cirilo de Jerusalém. Experimente!
  11. Sorria. Um Brasil mais cristão é um Brasil mais alegre.
  12. Não se queixe. Faça alguma coisa.
Sem dúvida, o meu amigo tem razão! Dizia um santo que nós temos que passar despercebidos quando está de moda chamar-se católico e ser valentes e aparecer quando os católicos desaparecem. Não precisamos vestir-nos como Noé, nem usar barba como ele, mas podemos despertar a sociedade: Jesus voltará!
Já que com esse primeiro domingo do Advento a Igreja inicia mais um Ano Novo Litúrgico, aproveito para felicita-lo também: felicidades neste Ano Novo e que seja de abundantes graças do Senhor.
Pe. Françoá Costa
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Homilia do Mons. José Maria – I Domingo do Advento (Ano A)

Nesse domingo, inicia mais um Ano Litúrgico, no qual relembramos e revivemos os Mistérios da História da Salvação. A Igreja nos põe de sobreaviso com quatro semanas de antecedência a fim de que nos preparemos para celebrar de novo o Natal e, ao mesmo tempo, para que, com a lembrança da primeira vinda de Deus feito homem ao mundo, estejamos atentos a essas outras vindas do Senhor: no fim da vida de cada um e no fim dos tempos. Por isso o Advento é o tempo de preparação e de esperança.
A palavra ADVENTO significa “Vinda”, chegada: nos faz relembrar e reviver as primeiras etapas da História da Salvação, quando os homens se preparam para a vinda do Salvador, a fim de que também nós possamos preparar hoje em nossa vida a vinda de Cristo por ocasião do Natal.
Isaías fala com ênfase da era messiânica, quando todos os povos se hão de reunir em Jerusalém para adorarem o único Deus. Jerusalém é figura da Igreja, constituída por Deus “sacramento universal de salvação” (LG 48), que abre os seus braços a todos os homens para os conduzir a Cristo e para que, seguindo os seus ensinamentos, vivam como irmãos na concórdia e na paz. Cada cristão deve ser uma voz a chamar os homens, com a veemência de Isaías, à fé verdadeira e ao amor fraterno. Convida Isaías: “Vinde, e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor” (Is 2, 5).
O Evangelho (Mt 24, 37 – 44) convoca os cristãos à vigilância: “Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o Senhor” (Mt 24, 42). São Paulo (Rm 13, 11 – 14) lembra que a salvação já está próxima. Chegou a hora de acordar, pois o dia se aproxima É preciso deixar as trevas e ser iluminados pela luz do dia, pela luz de Cristo. Trata-se da conversão: deixar as obras das trevas e fazer o bem revestindo-se do Senhor Jesus Cristo.
Preparemos o caminho para o Senhor que chegará em breve; e se notarmos que a nossa visão está embaçada e não distinguimos com clareza essa luz que procede de Belém, é o momento de afastar os obstáculos. É tempo de fazer com especial delicadeza o exame de consciência e de melhorar a nossa pureza interior para receber a Deus. É o momento de discernir as coisas que nos separam do Senhor e de lançá-las para longe de nós. Um bom exame de consciência deve ir até as raízes dos nossos atos, até os motivos que inspiram as nossas ações. E logo buscar o remédio no Sacramento da Penitência (Confissão)!
“Vigiai, não sabeis em que dia o Senhor virá”. Não se trata apenas da “parusia”, mas também da vinda do Senhor para cada homem no fim da sua vida, quando se encontrar face a face com o seu Salvador; e será esse o dia mais belo, o princípio da vida eterna! “Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá” (Mt 24, 44). Toda a existência do homem é uma constante preparação para ver o Senhor, que cada vez está mais perto; mas no Advento a Igreja ajuda-nos a pedir de um modo especial: “Senhor, mostrai-me os vossos caminhos e ensinai-me as vossas veredas. Dirigi-me na vossa verdade, porque sois o meu Salvador” (Sl 24).
Para manter este estado de vigília, é necessário lutar, porque a tendência de todo homem é viver de olhos cravados nas coisas da terra.
Fiquemos alertas! Assim será se cuidarmos com atenção da oração pessoal, que evita a tibieza e, com ela, a morte dos desejos de santidade; estaremos vigilantes se não abandonarmos os pequenos sacrifícios, que nos mantêm despertos para as coisas de Deus. Diz-nos São Bernardo: “Irmãos, a vós, como às crianças, Deus revela o que ocultou aos sábios e entendidos: os autênticos caminhos da salvação. Aprofundai no sentido deste Advento. E, sobretudo, observai quem é Aquele que vem, de onde vem e para onde vem; para quê, quando e por onde vem. É uma curiosidade boa. A Igreja não celebraria com tanta devoção este Advento se não contivesse algum grande mistério”
Procuremos afastar os motivos que impedem a acolhida do Senhor:
– os prazeres da vida: a pessoa mergulhada nos prazeres fica alienada… No domingo, dorme… passeia… pratica esportes… mas não sobra tempo para a Missa.
– trabalho excessivo: a pessoa obcecada pelo trabalho esquece o resto: Deus, a família, os amigos, a própria saúde…
Como desejo me preparar para o Natal desse ano?
Apenas programando festas, presentes, enfeites, músicas?
Preparemos numa atitude de humildade e vigilância a chegada de Cristo que vem.
Mons. José Maria Pereira
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Homilia de Dom Henrique Soares da Costa – I Domingo do Advento (Ano A)

Com esta santa Eucaristia, estamos iniciando o novo ano litúrgico. É este o primeiro Domingo do Advento, o tempo de quatro semanas que nos prepara para o Natal do Senhor. Tudo, na Liturgia nos ajudará nessa santa preparação, na santa espera, cheia de esperança: o roxo significa a vigilância de quem aguarda, a moderação das flores ajuda-nos a concentrar nossa atenção naquele que vem, o “Glória” não cantado prepara-nos para cantá-lo como novidade na Noite Santa do Natal. Os sentimentos do nosso coração devem ser a vigilância, a piedade humilde de Maria Virgem, de José, dos pastores, de Simeão, Zacarias e Isabel, o espírito de conversão anunciado por João Batista, o sonho de um mundo “cheio da sabedoria do Senhor como as águas enchem o mar” (Is 11,9), como Isaías profetizou… Aproveitemos essas quatro semanas tão doces, que recordam a espera de Israel e da humanidade pelo Messias!
Nos textos bíblicos que a Igreja hoje nos propõe, o Senhor sonda as angústias e saudades do coração humano e nos fala precisamente da esperança: ele é o Deus que vem ao encontro dos nossos anseios mais profundos… Mas também nos exorta a vigiar, a nos preparar para acolher o Dom esperado. Aliás, é esta a miséria do mundo atual: busca a paz, procura a vida, mas não busca naquele que é a saciedade do nosso coração e a salvação da nossa existência. O homem tem sede e Deus, misericordiosamente envia-lhe a água, que é o Messias… e o nosso mundo não o reconhece; antes, renega-o! Vejamos se não é assim; recordemos a palavra do Profeta: “Acontecerá nos últimos tempos que o monte da casa do Senhor estará firmemente estabelecido no ponto mais alto das montanhas. A ele acorrerão todas as nações, para lá irão povos numerosos.. porque de Sião provém a lei e de Jerusalém, a Palavra do Senhor”. Vejamos bem: de Israel, Deus prepara uma salvação, uma luz, uma direção para toda a humanidade. O homem sozinho não encontra o caminho, por mais que teime em se julgar grande e auto-suficiente. À nossa pobreza, o Senhor vem com uma promessa tão grande. E, se o coração da humanidade acolher a salvação que vem, a luz que brilha, então, encontrará a paz: “Ele há de julgar as nações e argüir numerosos povos; estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices: não pegaram em armas uns contra os outros em não mais travarão combate”.Eis a promessa de Deus: dá-nos a salvação; eis o sonho do Senhor: encontrar uma humanidade que acolha o Salvador, dele bebendo a paz!
No nosso mundo, ferido, cansado, incerto… mundo que já não mais crê de verdade em nada, a promessa do Senhor é como um alento. Acreditemos, irmãos! Quão triste o mundo se os cristãos viverem sem esperança, sem certeza, sem ânimo, como os pagãos… Este Tempo do sagrado Advento quer levantar nosso ânimo: o Senhor, cujo Natal celebraremos dentro de quatro semanas, é o mesmo que virá um dia, na sua manifestação gloriosa! Nossa vida tem rumo e sentido. Vigiemos: “Vós sabeis em que tempo estamos! Já é hora de despertas. Agora a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. A noitedeste mundo já vai adiantada, o Dia vem chegando” – o Dia é Cristo, Salvação que Deus nos prometeu e nos preparou! Então:“Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da luz. Procedamos honestamente, como em pleno dia” – como quem vive já agora, durante a noite deste mundo, no Dia, que é Cristo-Deus: “nada de glutonerias e bebedeiras, nem de orgias sexuais e imoralidades, nem de brigas e rivalidades. Pelo contrário: revesti-vos do Senhor Jesus”. Eis o modo de vigiar na noite deste mundo, eis o modo de testemunhar que esperamos, na vigilância, o Salvador que nos foi prometido e virá. É oportuno recordar que este texto da Carta aos Romanos, foi o que provocou a conversão de Santo Agostinho, lá no distante século V. A Palavra de Deus é sempre um apelo gritante e forte para nós! Que ela nos converta também agora!
A grande tentação para os discípulos de Cristo, hoje, é conformar-se com o marasmo do pecado do mundo, é viver burguesamente, uma vida cômoda e sem uma fé verdadeira e operante, sem aquela atitude de alegre expectativa por aquilo que o Senhor nos prometeu. Vamos nos ocupando e distraindo com uma vida fútil, dispersa em mil bobagens, esquecendo daquilo que realmente importa! Vale para nós a advertência seríssima do Senhor Jesus: “A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé”: Naquele então, todos vivam tranquilamente: “comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até que Noé entrou na arca e eles nada perceberam…” Como agora: vive-se na farra do paganismo, do consumismo, do relaxamento moral, de tantos absurdos contrários ao Evangelho… e não percebemos que haverá um juízo decisivo de Deus para nós e para o mundo, um juízo no qual o bem e o mal, o santo e o pecador, serão separados: “um será levado e o outro será deixado”… Triste de quem for deixado, triste de quem perder a companhia do Senhor, nossa paz! Pois bem: logo neste iniciozinho de Advento, a advertência do Senhor é dramática: “Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor! Na hora em que menos pensais, o Filho do homem virá!”
Então, enquanto o mundo dorme no seu pecado, na sua auto-satisfação, elevemos, humildemente nosso olhar e nosso coração para Aquele que vem: “A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meu inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera!” – Marana thá! Vem, Senhor Jesus!
Dom Henrique Soares da Costa



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

AVIVAMENTO : A novena de Natal,

AVIVAMENTO : A novena de Natal,: As novenas fazem parte do patrimônio da religiosidade popular. Trata-se de um costume realizado pelas comunidades na preparação de im...

A novena de Natal,


As novenas fazem parte do patrimônio da religiosidade popular. Trata-se de um costume realizado pelas comunidades na preparação de importantes momentos celebrativos, como o Natal. “A novena de Natal, a montagem do presépio, a participação na doação às crianças pobres, são um modo de entrar em preparação para a vinda do Senhor”, explica do secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner.
Para colaborar com a preparação das comunidades, as Edições CNBB oferecem um roteiro de novena de Natal para ser refletido pelas comunidades durante o período do Advento. A edição deste ano de 2013 apresenta personagens importantes da História da Salvação, com o temaReunidos em família, preparando a vinda do Senhor.  “Personagens da primeira e segunda aliança que orientaram o povo de Deus para o mistério do Natal. Eles despertarão em nós a expectativa da vinda de Jesus. Ele é a realização de todas as promessas, Ele é o esperado”,  explica dom Leonardo.
Para o assessor do setor Música e Canto Pastoral da CNBB, padre José Carlos Sala, a novena também pode ajudar as comunidades a compreenderem a riqueza da espiritualidade própria do Advento. “Os cânticos deste tempo refletem essa espiritualidade própria: a alegre espera daquele que vem. Textos que não dizem, que não cantam àquele que já chegou, mas aquele que está por vir. É o povo que celebra alegremente essa espera, para explodir de alegria durante o período do Natal”.

Tempo Litúrgico (Tempo do Advento)

Ano Litúrgico

O Ano litúrgico é o período de doze meses, divididos em tempos litúrgicos, onde se celebram como memorial, os mistérios de Cristo, assim como a memória dos Santos. O Tau Francisco explica a seus visitantes dois importantes componentes do Ano Litúrgico: Tempo e as Cores.

Tempo Litúrgico

Os tempos litúrgicos são as divisões existentes no Ano Litúrgico da Igreja Católica. Estes tempos existem em toda a Igreja Católica, apenas há algumas diferenças entre os vários ritos. Os tempos constantes abaixo são referentes ao rito romano.

Tempo do Advento

O Tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que comemoramos a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, se voltam os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por esse duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa expectativa da vinda do Messias, além de se apresentar como um tempo de purificação de vida. O tempo do Advento inicia-se quatro domingos antes do Natal e termina no dia 24 de Dezembro, desembocando na comemoração do nascimento de Cristo. É um tempo de festa, mas de alegria moderada.

Tempo do Natal

Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem. O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da aparisão divina, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Maria, mãe de Jesus e do Batismo de Jesus.

Tempo da Quaresma

O Tempo da Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura cerca de quarenta dias. Neste período não se diz o Aleluia, nem se colocam flores na Igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Glória a Deus nas alturas, para que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no tempo que se segue, a Páscoa. A Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina na manhã de Quinta-feira Santa.

Tríduo Pascal

O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de “Ação ou Ato Litúrgico”.
Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer acto litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto e sepultado.
Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal. Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.

Tempo Pascal

A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinqüenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao Pai na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, ou, melhor ainda, como se fossem um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.

Tempo Comum

Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade os Mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. É um período sem grandes acontecimentos, mas que nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum, mas não tem nada de vazio. É o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino. O Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo.
O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.

Cores Litúrgicas

Quando vamos à igreja, notamos que o altar, o tabernáculo, o ambão, e até mesmo a estola e a casula usadas pelo sacerdote, combinam todos com uma mesma cor. Percebemos também que, a cada semana que passa, essa cor pode permanecer a mesma ou variar. Se acontecer de no mesmo dia irmos a duas igrejas diferentes, comprovaremos que ambas usam a mesma cor, com exceção, é claro, da igreja que celebra o seu padroeiro. Na verdade, a cor usada um certo dia é válida para a Igreja em todo o mundo, que obedece a um mesmo calendário litúrgico. Conforme a missa do dia, indicada pelo calendário, fica estabelecida uma determinada cor.
Estas diferentes cores possuem algum significado para a Igreja: elas visam manifestar externamente o caráter dos Mistérios celebrados e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do Ano Litúrgico. Manifesta também, de maneira admirável, a unidade da Igreja. No início havia uma certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as chamadas cores litúrgicas. Estas só foram fixadas em Roma no século XII. Em pouco tempo, devido ao seu alto valor teológico e explicativo, os cristãos do mundo inteiro aderiram a esse costume, que tomou assim, caráter universal. As cores litúrgicas são seis, como veremos a seguir.

Branco

O branco é usado nos Ofícios e Missas do Tempo Pascal e do Natal do Senhor, bem como nas suas festas e memórias, exceto as da Paixão; nas festas e memórias da Bem-av. Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não Mártires, na festa de Todos os Santos (1 de Novembro), na Natividade de São João Baptista (24 de Junho), na feta de São João Evangelista (27 de Dezembro), da Cátedra de São Pedro (22 de Fevereiro) e da Conversão de São Paulo (25 de Janeiro). O branco é símbolo da luz, tipificando a inocência e a pureza, a alegria e a glória.

Vermelho

O vermelho é usado no Domingo de ramos e na Sexta-feira Santa; no domingo de Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos e Evangelistas (com exceção de São João), e nas celebrações dos Santos Mártires. Simboliza as línguas de fogo em Pentecostes e o sangue derramado por Cristo e pelos mártires, além de indicar a caridade inflamante.

Verde

O verde se usa nos Ofícios e Missas do Tempo Comum. Simboliza a cor das plantas e árvores, prenunciando a esperança da vida eterna.



Roxo

O roxo é usado no tempo do Advento e da Quaresma. Pode também ser usado nos Ofícios e Missas pelos mortos. Significa penitência, aflição e melancolia.

Preto

O preto pode ser usado, onde for o costume, nas Missas pelos mortos. Denota um símbolo de luto, significando a tristeza da morte e a escuridão do sepulcro. Ao contrário do que pensam muitos clérigos e leigos, a cor preta não foi abolida nem pela IGMR anterior nem pelo atual. Segue sendo uma opção para a missa pelos mortos, onde for costume utilizá-la. No Brasil, contudo, o uso do preto nas celebrações pelos fiéis defuntos foi, na prática, abolido, havendo sido substituído pelo uso do roxo, uso este facultado pela própria IGMR. Isto não constitui óbice, contudo, para que um clérigo venha a utilizar paramentos negros.

Rosa

O rosa pode ser usado nos domingos Gaudete (III do Advento) e Lætare (IV da Quaresma), ocasiões em que também poderá ser utlizado o roxo.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Os modernistas (Os aceita-tudo)

Os modernistas
(Os aceita-tudo)

São aqueles que aceitam as novidades propostas pelo modernismo, este já condenado abertamente pelo Magistério Infalível da Santa Igreja e pelos santos.

"NÃO importa se estas novidades são contrárias à fé, o que importa é "modernizar a Igreja, pois, afinal, estamos no século XXI"."


O mundo moderno faz com que homem se esqueça de coisas que são extremamente importantes, como Deus, a Santa Igreja, Sua doutrina e a Morte. De que vale ao homem conquistar o mundo e perder sua alma? O modernismo é falso. É preciso virar as costas ao modernismo. É obra do inferno. Mesmo os Sacerdotes que difundem o modernismo nem sequer estão de acordo entre si. Nenhum está de acordo quando estes se encontram nesta situação: aderindo ao modernismo.


São estes os do tipo que aceitam todas as religiões, que transformam a Missa em um palco, que participam de seitas protestantes, argumentando que apenas pretendem "estar em plena comunhão com nossos irmãos de outras religiões".



Ainda podem ser chamados de católicos ou simplesmente de católicos protestantes?


O que já disse João Paulo II, que continuou o seu papado afirmando abertamente que este seria totalmente nas diretrizes do Vaticano II? (ler artigo: O Vaticano II e seus frutos)


«Temos que admitir realisticamente e com sentimentos de intensa dor que hoje os Cristãos, na sua grande parte, sentem-se perdidos, confusos, perplexos e mesmo desapontados; abundantemente se espalham ideias contrárias à verdade que foi revelada e que sempre foi ensinada; heresias, no sentido lato e próprio da palavra, propagaram-se na área do dogma e da moral, criando dúvidas, confusões e rebelião; a liturgia foi adulterada. Imersos num relativismo intelectual e moral e, portanto, no permissivismo, os Cristãos são tentados pelo ateísmo, pelo agnosticismo, por um iluminismo vagamente moral e por um Cristianismo sociológico desprovido de dogmas definidos ou de uma moralidade objectiva».

Papa João Paulo II, citado em
L'Osservatore Romano,
7 de Fevereiro de 1981.



"Neo-tradicionais"
(Defendem a tradição mas apoiam o modernismo)


Exite os que se auto-intitulam "tradicionais" ou "tradicionalistas" mas que aceitam tanto a tradição quanto o modernismo, apenas para agradar aos dois lados. Quem fica encima do muro, está com o demônio e não com Deus. Deus Pai vomitará os que são mornos. Estes são piores que os modernistas, pois eles ao menos escolheram um lado, enquanto estes pretendem agradar a Deus e ao mundo, mas se esquecem que "não se pode agradar a dois senhores ao mesmo tempo".

É mais que comum ver católicos que assistem à Santa Missa no Rito de Sempre e participam das chamadas "Missas Carismáticas", e são os primeiros a rebolarem, cantarem e rezarem em línguas dentro de uma igreja, profanando assim o local onde Nosso Senhor habita.

Repetindo o versículo do início do artigo:
"Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente!
Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te."

São estes os que estão encima do muro. Que rezam o confiteor na Missa de Sempre mas que são simpatizantes ou até mesmo participantes das sacrílegas "Missas de Cura e Libertação" e carismáticas.


Se Deus vai vomitar os que são mornos, seriam estes ainda católicos?



Católicos
(Vulgo tradicionais)


São estes os católicos, propriamente ditos.

Todos os CATÓLICOS são tradicionais, apenas por seguirem tradições e repetirem o que é verdadeiramente da Fé Católica, rejeitando o que é estranho e contrário aos ensinamentos da Igreja. Antes de serem chamados de tradicionais, devem ser chamados de Católicos. São estes os que repetem o que os Papas disseram ao longo dos séculos. São estes os que não têm medo de condenarem as seitas, as outras religiões e tudo aquilo que é de moderno, ofensivo e perigoso à Fé.

Mas estes católicos devem ter medo de serem chamados de "radicais" por dizerem: "Extra Ecclesiam nulla salus" (Fora da Igreja não há salvação)?

Resposta: Não.

Os Papas já afirmaram isto. E os católicos verdadeiros são fiéis à sucessão de São Pedro, estes que repetiram ao povo católico o que os seus antecessores ensinaram, afinal, é melhor ser radical, mas com os papas, ou, "amigo de todos" sem eles?

Rezamos na Santa Missa: "...quia peccavi nimis cogitatione verbo, et opere..." (...porque pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras...); A omissão é um ato pecaminoso. Negar o que os papas e o que a Igreja afirma, é pecado, é omissão gravíssima, em outros casos é até mesmo pena de excomunhão, pois afinal, por que ser católico se não queremos seguir o que a Igreja afirma em sua infalibilidade? Na realidade, a quem queremos agradar...? A Deus ou ao mundo moderno, decadente? Repetindo o que foi dito no início do artigo: De que vale ao homem conquistar o mundo e perder sua alma?


Mas... o que os papas dizem?


Papa Pio XII


"Para definir e descrever esta verdadeira Igreja de Cristo - que é a Santa, Católica, Apostólica Igreja Romana - nada há mais nobre, nem mais excelente, nem mais divino do que o conceito expresso na denominação "corpo místico de Jesus Cristo" (Mystici Corporis)


Papa Pio XI

"Só uma Religião pode ser verdadeira: a revelada por Deus; a única Religião revelada por Deus é a Igreja Católica" (Mortalium Animos)


Papa S. Pio X

"Os verdadeiros amigos do povo não são revolucionários, nem inovadoresmas tradicionalistas"
(Notre charge Apostolique)



A quem os católicos devem seguir? Ao senso do "politicamente correto" proposto pelo mundo moderno ou aos santos e Papas que afirmaram categoricamente que apenas existe uma única Igreja, um único meio de Salvação, este meio que é o de rejeitar todas as outras religiões, aceitar e seguir apenas o que a Santa Igreja Católica Apostólica Romana sempre ensinou?

O que vem dos hereges, não pode ser algo de bom. Deveria o católico aceitar as outras religiões? Assim como o modernismo, as falsas religiões existem para acabar com as tradições bi milenares, costumes e o sentido universal da salvação que viveram os santos. Se o Papa São X condenou o modernismo, com qual autoridade um padre moderno pode exaltar e propagar o mesmo? Se alguma pessoa ousar argumentar: "O dito Papa já morreu, devemos seguir o que os papas atuais pregam", esta pessoa não é católica.


A razão do porquê os católicos dos dias de hoje têm medo de afirmar a Doutrina de Sempre, o que os Santos e Papas afirmaram ao longo dos séculos, da Salvação existir apenas no seio da Santa Madre Igreja, se dá ao fato de os últimos papas não afirmarem abertamente (ou simplesmente não afirmarem) que a salvação existe apenas na Igreja Católica, mas que "subsiste" Nela, dando abertura ao pensamento de que a Salvação Eterna também é possível nas outras religiões, dando ao homem o famoso direito de escolher a sua religião "a gosto do freguês".

Em uma família onde os pais não dão educação religiosa e moral aos filhos, quando eles crescerem, naturalmente, eles não serão verdadeiros cristãos e possuirão valores morais duvidosos. Mas convém lembrar que até mesmo Cipriano, o Feiticeiro, se converteu após anos de bruxaria, óbvio que cristãos mal educados quando crianças poderão sim reverter a situação e se tornarem verdadeiros católicos, não sendo esta a questão, mas sim que o princípio da educação cristã está na base ensinada pelos pais.


Se os papas, bispos e padres dos tempos atuais não ensinam o que os seus antecessores ensinaram por séculos, onde os "jovens modernos" poderão se inspirar e tomar exemplo para serem CATÓLICOS?



"Em tudo me sujeito ao que professa a Santa Igreja Católica Romana, em cuja fé vivo, afirmei viver e prometo viver e morrer"